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O impacto da ciência de dados na indústria da beleza

22 de janeiro 7 min. de leitura

O impacto da ciência de dados na indústria da beleza

Beauty Industry

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  • Sumário

O impacto da ciência de dados na indústria da beleza
Ciência de dados: a chave para análises disruptivas
Análise de dados: foco em qualidade
Tecnologia como ponto de partida para a inovação
Sustentabilidade: a maior tendência no mercado de beleza

O impacto da ciência de dados na indústria da beleza

Segundo o Euromonitor International (2024), empresa focada em pesquisas de mercado, o Brasil ocupa o quarto lugar mundial no ramo de beleza e cuidados pessoais. Aqui, entram de cosméticos para cabelo e pele, a perfumes e produtos de higiene bucal. A pesquisa também mostra que, nesse quesito, o país fica atrás somente dos Estados Unidos, China e Japão.

O setor de saúde e beleza acompanha notavelmente as transformações na sociedade. Isso porque essas mudanças refletem diretamente no comportamento de consumo. Atualmente, um exemplo disso é a busca por produtos mais naturais, personalizados e que estão alinhados com os valores dos compradores. Nesse cenário, pelo mesmo levantamento, as principais tendências das indústrias para os próximos 5 anos serão o engajamento digital, posicionamentos éticos e atributos orgânicos e naturais.

A vantagem de acompanhar de perto as nuances de consumo também está no lucro final. Segundo dados da Technavio (2024), o mercado de cosméticos veganos e naturais, uma das maiores procuras atualmente, pode crescer quase R$ 18 bilhões até 2024.

Dessa maneira, é possível perceber cada vez mais beleza, saúde e bem-estar como conceitos relacionados. Isso se dá devido a crença de que uma boa aparência é resultado de se sentir bem, o que explica o deslocamento para cuidados de pele, por exemplo. Considerando esse cenário de beleza natural, pensada ao longo prazo, produtos como protetores solares ganham destaque.

Para acompanhar esse ritmo de evolução constante, a mudança deve começar logo na etapa produtiva. Através de análises motivadas pelo uso da ciência de dados, é possível explorar diversos modos de otimização, testar a eficácia dos produtos e focar em inovação.

Ciência de dados: a chave para análises disruptivas

É indispensável o uso de um processo robusto de ciência de dados que interligue e conecte todos os setores de uma fábrica, pois cada um contribui de modo único para a eficiência da produção. Isso é importante para realizar análises que resultam em inovações.

Na linha de produção de protetores solares, por exemplo, a coleta de dados eficiente em misturadores industriais permite análises de desempenho dos ingredientes. Aqui, o monitoramento do uso de insumos garante a homogeneidade da mistura e que a quantidade está sendo distribuída dentro dos parâmetros definidos.

Beauty Industry

Figura 1
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Figura 2
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No primeiro (figura 1), é possível monitorar a totalização em unidade de massa em um determinado período e a porcentagem de cada ingrediente referente ao total entregue. Também mostra a contagem de bateladas e suas estatísticas como média, desvio padrão e total de tempo.

Já no segundo (figura 2), as três tabelas analisam cada uma das bateladas. A primeira mostra a quantidade de cada ingrediente entregue por batelada. A segunda analisa a porcentagem de ingredientes em cada batelada. Por fim, a última mostra o quanto foi entregue de cada ingrediente em relação ao esperado (setpoint).

Além disso, em tanques de armazenamento, sensores podem ser usados para monitoramento de nível, prevenindo contaminações e garantindo consistência. Na sequência, é possível realizar análise de eficiência em máquinas envasadoras, ao avaliar a velocidade e precisão do envase, minimizando desperdícios. Já nas rotuladoras, a análise de dados ajuda a garantir que todas as embalagens venham com rótulos no posicionamento correto, contribuindo na qualidade. Por fim, a identificação de padrões permite a manutenção preditiva.

Análise de dados: foco em qualidade

Produtos de saúde e beleza são aplicados diretamente na pele — como é o caso do protetor solar —, cabelo e outras partes do corpo. Isso significa que qualquer falha na qualidade pode causar reações adversas, alergias ou até problemas mais graves. Por causa disso, é um setor altamente regulamentado e possui padrões rigorosos estabelecidos pelos órgãos regulamentadores, como a ISO 9001. Esses são alguns dos motivos que levam os responsáveis da produção a realizarem análises que visam a qualidade, como:

  • Análise de eficácia: análises espectrofotométricas in vitro para avaliar a eficácia dos protetores solares, garantindo que cada lote produzido atenda aos padrões de proteção solar declarados;
  • Fotoestabilidade: estudos de fotoestabilidade utilizando espectroscopia para garantir que os protetores solares mantenham sua eficácia quando expostos à luz solar;
  • Detecção de contaminantes: análises químicas e microbiológicas para detectar possíveis contaminantes que possam afetar a segurança e qualidade do produto;

A análise de dados é uma importante aliada nesse processo. Ela permite o monitoramento indicadores-chave, como temperatura, que garantem o bom desenvolvimento dos experimentos em laboratórios de pesquisa e desenvolvimento.

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Tecnologia como ponto de partida para a inovação

A conscientização acerca dos cuidados com a saúde, incluindo os danos causados pela exposição ao sol, tem impulsionado o consumo de produtos como protetor solar. Nesse cenário, a adesão de diferentes tecnologias é uma aliada na busca de mais inovação e eficiência. Sua aplicação cobre desde a linha de produção até o setor de vendas.

A digitalização na área das vendas é marcada pela presença nas redes sociais, uso de realidade virtual e aplicativos de beleza. Esses recursos foram usados por 39% dos consumidores globais em 2019, de acordo com a revista Forbes (2020). A matéria também afirma que o uso da tecnologia nesse setor tem potencial para impulsionar a tendência da personalização, que está cada vez mais específica.

Já na produção, o uso de ferramentas como machine learning aplicado à automação no maquinário industrial podem aumentar o processamento das informações e permitir predições ao identificar padrões. Já a automatização, que se beneficia da coleta de dados em tempo real em processos como mistura dos ingredientes, reduz erros e aumenta a eficiência. Também, o registro histórico de dados permite a rastreabilidade, facilitando a identificação de lotes que necessitam de retrabalho.

A conectividade vinda do uso de dispositivos IoT também permite o monitoramento de dados do ambiente de laboratórios de Pesquisa & Desenvolvimento. . Segundo o Portal da Indústria (2023), as descobertas podem se tornar diferenciais no mercado consumidor e no valor da marca. Como exemplo de insight, tem-se a exploração de uma nova base de insumos, alinhados com a biodiversidade, em vez dos tradicionais petróleo e minério.

Sustentabilidade: a maior tendência no mercado de beleza

Segundo um relatório da McKinsey (2023), cerca de 60% das indústrias de beleza estão investindo em práticas sustentáveis e produtos eco-friendly. No caso do protetor solar, o foco é no desenvolvimento de produtos seguros para recifes de corais, livres de plástico.

Para o consumidor, as vantagens de utilizar cosméticos naturais superam os possíveis custos ou pesquisas extras, garantindo responsabilidade ambiental, maior eficácia e saúde a longo prazo numa única compra. O cenário também é vantajoso para as marcas, pois a criação de produtos ecológicos impacta diretamente em questões de preservação ambiental. Também é importante para a opinião pública, cada vez mais interessada nos cosméticos verdes, e, consequentemente, no aumento das vendas.

A identificação em embalagens guia essa escolha. Para receber um selo de “natural”, o cosmético precisa utilizar matérias-primas cujas substâncias sejam de origem vegetal ou oriundas de insumos orgânicos e renováveis.

Hoje, no Brasil, existem pelo menos oito selos para atestar a composição dos cosméticos. Entre eles:

  • Cruelty Free: garante que o produto não foi testado em animais;
  • Certified Vegan: designam os produtos que não usam nenhuma matéria prima de origem animal;
  • USDA organic: indica que o produto é composto por pelo menos 95% de ingredientes orgânicos;
  • Campaign for safe cosmetics: atesta que não foram usados produtos químicos que podem provocar câncer e outras doenças;

Em suma, a ciência de dados é a peça-chave para desbloquear inovações em sustentabilidade, personalização de produtos e beleza inclusiva, além da promoção do bem-estar. Saiba mais sobre nós.

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